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16 minutes ago
Cowboy Cantor 337: James K
16 minutes ago
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1. Peel
2. Days Go By
O segredo mais mal guardado de 2025, um nome comum nas listas de melhores canções e álbuns do ano.

Jamie Krasner, popular nos clubes e música electrónica em Nova Iorque, é James K e Friend é o seu terceiro álbum.
Cowboy Cantor, liberdade nos teus ouvidos.

Sunday Nov 09, 2025
Cowboy Cantor 336: Chicarica
Sunday Nov 09, 2025
Sunday Nov 09, 2025
2. Odisea
A música da américa latina está numa fase muita pertinente. Não só por uma questão de chamada de atenção contra as políticas americanas sobre emigrantes e a comunidade latino-americana a viver nos Estados Unidos. É necessário dar mais atenção à música que actualmente se faz na América do Sul, sendo o Chile um dos países que mais me atraem nos dias de hoje. Prometo voltar ao Chile.
Nesta edição do Cowboy Cantor, dançamos ao som dos Chicarica, grupo de Santiago. Com o seu segundo álbum, lançado em 2025, o grupo traz mais ritmo, mais vontade de movimento, apesar de algumas letras abordarem os lados menos positivos do dia-a-dia. Ou talvez pensemos apenas na rotina diária.

A verdade é que Invierno en la playa é um álbum que não deve ser ouvido por partes, e este podcast, com as canções Antes del día e Odisea não é o suficiente para apreciar as 10 faixas do álbum. Cotinuemos, em todo o caso, a dançar ao som dos Chicarica.
Cowboy Cantor, liberdade nos teus ouvidos, desde Janeiro de 2006. O primeiro podcast dos Açores. Todas as canções autorizadas pelos artistas.
Subscrevam o podcast na vossa aplicação preferida, ou em cowboycantor.podbean.com

Monday Oct 20, 2025
Cowboy Cantor 335: noiserv
Monday Oct 20, 2025
Monday Oct 20, 2025
1. A casa das rodas quadradas (com Milhanas)
20 anos depois, David Santos continua a dar voz a noiserv. O seu trabalho a solo, que não só em Portugal, como pela Europa tem marcado muitos palcos e prémios, sendo inclusive um premiado a nível internacional.
20 anos depois, ou quase, o Cowboy Cantor continua activo. É este espaço temporal que liga o David ao Cowboy Cantor. A nível de projecção e impacto, noiserv ultrapassa em muito o podcast que estão a ouvir. Mas não posso deixar de lado um artista que acompanhamos desde sempre. E quando digo acompanhamos, referi-mo não só ao podcast Cowboy Cantor, como também à nossa família.
Cá em casa, a primeira vez que ouvimos noiserv éramos apenas dois. Fomos dois no primeiro concerto de noiserv em São Miguel, na Casa Velha. Lembram-se desse espaço? No segundo concerto, desta feita no Teatro Micaelense, fomos dois a sentir um pontapé. A Maura por dentro do ventre, eu senti-o na minha mão. Há 11 anos.
Cá em casa já somos quatro. Continuamos a ouvir noiserv.

7305, o quinto álbum de noiserv, assinala também os 20 anos de carreira de David Santos, enquanto homem-orquestra, como também lhe chamam. 7305 são o número de dias entre 19 de Março de 2005 e o mesmo dia no ano de 2025. Nesse dia em 2005, o David subiu ao palco pela primeira vez enquanto noiserv. A própria embalagem do álbum, em c.d. e vinil, é uma alusão a um calendário e esses 20 anos.
Vivemos num mundo de pressa, um mundo à pressa, mas a pressa rouba-nos lugar, rouba-nos escuta e, acima de tudo, rouba-nos vida. Estas palavras são do David, ao falar de 7305.
Nunca consegui definir muito bem o que é a música de noiserv, o que sinto com a voz profunda do David, ou como reajo (como reagimos) às suas canções, até ter ouvido e me ter apropriado de uma expressão na canção A fearless party between a kid and his own thoughts, com a colaboração de Surma: and it's when you're growing so gently, as a rock.
Noiserv, a cada canção, e todas elas começam a partir do silêncio, cresce dentro de nós suavemente, mas com a firmeza de uma rocha. Mesmo sabendo que a fórmula é a mesma, sobreposição de instrumentos e vozes, que se vão repetindo em ostinatos curtos, cada canção absorve-nos. É um mergulho igual a tantos outros. Mas se escolhemos sempre a mesma pedra para mergulhar (no meu caso, eu tinha a minha pedra preferida na Baixa do Calhau d'Areia, na Maia), é porque essa pedra é a nossa casa. E esse mergulho é perder o fôlego e voltar à superfície: respirar. Recuperar a vida. Sem pressa.
Escolhi as canções A casa das rodas quadradas, com a participação de Milhanas, e Resumidamente, por saírem um pouco da rotina das canções de noiserv, por serem com letra em português. Quase todas as outras canções do álbum têm convidados. Por outro lado, quer pelas letras, quer pelas música propriamente dita, são a marca de noiserv. No entanto, Resumidamente, para além de ter uma mistura de palavras muito pertinente, fazendo lembrar a entoação de Sérgio Godinho, introduz alguns elementos musicais, nomeadamente a perda momentânea da sobreposição dos tais ostinatos.
Cowboy Cantor, liberdade nos teus ouvidos.

Sunday Oct 12, 2025
Cowboy Cantor 334: Astra Vaga
Sunday Oct 12, 2025
Sunday Oct 12, 2025
1. Cor-de-Rosa
2. Lamento
Astra Vaga é a nova vida de Pedro Ledo, músico que durante cerca de 20 anos esteve ligado a outros nomes como The Miami Flu ou Lululemon.
Em Astra Vaga, o músico é, pela primeira vez, o total responsável pela composição das canções, que agora são em português. E canta sobre desajustamentos, saudade e libertação pessoal.
Em português, com palavras simples e mensagem eficaz.

Ouvindo as canções, percebe-se uma ligação aos anos 80 ou 90. O visual de Pedro Ledo em palco é precisamente um regresso a essa altura, sobretudo numa alusão à vida fria e funcional do mundo do trabalho.
Em palco, Astra Vaga apresenta-se em quarteto e em breve estrá disponível um álbum completo com mais canções. Para além das canções ouvidas nesta edição do Cowboy Cantor, está ainda disponível o tema Roxo. As três canções poderão descarregadas gratuitamente a partir do Bandcamp de Astra Vaga.
Cowboy Cantor, liberdade nos teus ouvidos.

Sunday Oct 05, 2025
Cowboy Cantor 333: Oisin Leech
Sunday Oct 05, 2025
Sunday Oct 05, 2025
1. October Sun (com Steve Gunn, M. Ward e Tony Garnier)
2. Colour of the Rain (com Steve Gunn e Tony Garnier)
Cold Sea, o primeiro álbum do irlandês Oisin Leech, abre com a canção October Sun, mas todo o álbum parece pensado para definir o mês de Outubro, as primeiras semanas do Outono, a despedida do Verão.

Se por um lado o mês de Outubro, nos traz as melhores cores da Natureza, Cold Sea está cheio de melodias vocais e instrumentais intemporais. As primeiras notas do álbum são um exemplo de que a música não dura apenas no momento em que se está a tocar.

A sequência das canções, sobre separação, amor e bem-estar, os arranjos musicais, canções com guitarras acústicas e sintetizadores, as participações de M. Ward, Steve Gunn e Tony Garnier, as cores usadas na capa, tudo parece ter sido pensado ao pormenor. No entanto, Cold Sea, talvez muito por culpa da voz de Oisin Leech, resulta num concerto íntimo, para a família, na sala de estar da nossa casa. Um álbum eterno, como um Outono moderado que nunca queremos que acabe.
Cold Sea está disponível em c.d. e vinil, ou ficheiro digital, para compra no Bandcamp de Oisin Leech, ou até numa loja física em Ponta Delgada.
Cowboy Cantor, liberdade nos teus ouvidos.

Monday Sep 29, 2025
Cowboy Cantor 332: We Sea
Monday Sep 29, 2025
Monday Sep 29, 2025
1. We Sea - Corpo-fátuo
2. We Sea - Cai Baque Surdo (Numa Caixa)
No regresso do Cowboy Cantor, ouvimos canções do 3.º álbum dos We Sea, as explicações mais pertinentes para esse álbum, pelos próprios Rui Rofino e Clemente Almeida. E contamos ainda com 3 apresentadores muito especiais: A Maura, a Emília e o Daniel.

O Melhor de Clube Miragens é o que me faltava para assumir e defender como for preciso o que há muito me inquieta: Serão os We Sea tão importantes para mim quanto os Xutos & Pontapés? Como é possível que possa comparar um grupo com o outro, se não há nada de semelhante entre uns e outros?
A única comparação possível faz-me voltar a 1987, quando ouvi pela primeira vez a canção Contentores. Nessa altura fiquei definitivamente ligado à música, eu que já ouvia Bruce Springsteen, Dire Straits, Depeche Mode ou Beatles. Desde que assisti ao primeiro concerto dos We Sea, que terá sido o primeiro oficial, ou segundo concerto do grupo, senti uma ligação às suas canções que me identificam como pessoa.
Não falo na ligação que existe entre a condição de açoriano, ou até da mesma ilha, e natural do mesmo concelho de dois dos elementos do grupo. Falo na condição de transformar a mágoa em baile. Transformar o mar, que nos separa do mundo, em amor e precisamente a ligação ao exterior. Mas sobretudo, transformar o silêncio em vida.
As canções dos We Sea são vida, a minha vida. A vida do Rui, do Clemente, do Rómulo, com o balanço sempre certeiro e eficaz do Paulo. São canções, não de um grupo com origens na ilha de São Miguel, mas canções do grupo mais importante da vida de um adulto, professor, pai e marido.

Sunday Dec 03, 2023
Cowboy Cantor 331: Thrillhouse
Sunday Dec 03, 2023
Sunday Dec 03, 2023
1. Thrillhouse: So Far From Where I Started From
2. Thrillhouse: Never Given a Chance
Não podemos negar as semelhanças entre os Thrillhouse e nomes como The National ou mais óbvio ainda, The War On Drugs. No entanto, as canções do duo de Brighton, divergem no que motiva a composição e escrita das letras. Serão canções que evocam ingenuamente um regresso à idade infantil. E numa análise cuidada das letras, até se nota algum humor.
A ideia inicial do álbum surgiu num momento em que Sam Strawberry e Jack Nielsen, os membros dos Thrillhouse, ouviam o álbum Born In The USA, enquanto recordavam momentos da sua infância. E apesar de alguma nostalgia amarga, ou tristeza pelo afastamento desses tempos, o álbum Something About This Place é também uma afirmação de aceitação do que passou, passou, o que virá, virá.

Disponível para audição em formato digital, foi também lançada uma campanha de investimento comunitário na plataforma Kickstarter, para edição em vinil do álbum. É curioso também notar que há vários artistas com o nome Thrillhouse, o que dificulta um pouco encontrar estes Thrillhouse que estamos a ouvir no Cowboy Cantor desta semana. Sigam as ligações publicadas em cowboycantor.podbean.com para terem a certeza que estão irão encontrar os autores das canções que estamos a ouvir nesta edição.

Sunday Nov 26, 2023
Cowboy Cantor 330: Deep White Void
Sunday Nov 26, 2023
Sunday Nov 26, 2023
1. Deep White Void: Hope
Sempre que ouço uma canção nova, ou um álbum novo dos portugueses Deep White Void, anteriormente conhecidos como DW Void, eu tenho a sensação que estes veteranos continuam a divertir-se e a ter prazer quando estão a tocar, ou a compor, com a mesma alegria e vontade que tinham quando formaram os seus primeiros grupos.
Na minha memória fica a primeira canção que ouvi dos então DW Void. Fall, do primeiro álbum "10", para além de ser uma das minhas canções preferidas, é talvez a que mais bem define os temas abordados nas canções do grupo: Cores cinzentas e a miséria humana, tal como referiu Fernando Faustino (voz principal e guitarra baixo).

Os músicos dos Deep White Void consideram este terceiro álbum, Hiatus, como o mais maduro e refinado. Será sem dúvida o mais atractivo, resultado não só dos muitos anos de experiência dos membros do grupo, como também resultado de vários anos com a formação base e a entrada de um segundo guitarrista.
O Cowboy Cantor está com os Deep White Void desde o primeiro álbum e assim continuará.

Friday Nov 17, 2023
Cowboy Cantor 329: fractus
Friday Nov 17, 2023
Friday Nov 17, 2023
2. fractus: Sifting Tides
Nota prévia: esta edição do Cowboy Cantor foi publicada no dia 17 de Novembro de 2023, no mesmo dia em que José Andrade publicou no Açoriano Oriental, na sua página Bastidores, uma entrevista comigo sobre o podcast.
Um dos meus maiores dilemas para a escolha das canções a passar no Cowboy Cantor, sempre foi escolher a canção certa que mais bem representasse o álbum ou artista que quereria destacar. Quando cada edição do podcast passou a ser dedicada apenas a um artista, tendo a opção de partilhar convosco duas canções de cada álbum em destaque, o dilema manteve-se. Ou talvez até agravou-se. No caso dos fractus (com inical minúscula, segundo a ortografia oficial do grupo), se por um lado a escolha pendia para um factor muito simples e concreto, escolher as faixas em que a voz canta melodias com palavras, retirar essas duas canções do álbum fractus seria demasiado redutor e poderia parecer descontextualizado.
Ainda assim, espero que Harbour e Sifting Tides sejam um convite suficientemente apelativo a que ouçam os 27 minutos, sensivelmente, com que fractus, o álbum, apresenta o grupo fractus.

Grupo criado pelo escocês Mark Hendry, contrabaixista e compositor de jazz, conta ainda com um violino (Bernadette Kellermann), violoncelo (Juliette Lemoine), saxofone (Matt Carmichael), piano (Fergus McCreadie), bateria (Greg Irons), acordeão (Dan Brown) e claro, Irini Arabatzi nas voz.
O álbum fractus explora a Natureza e Ambiente, através de composições em que se misturam sonoridades jazz com música de carácter erudito, a chamada música clássica. Poderia ser uma banda sonora de uma série de David Lynch ou poderá apenas ser o vosso próximo vício. No meu caso, foram várias horas a ouvir o álbum aquando do meu primeiro encontro com o grupo.
O mini-álbum fractus está disponível em c.d. através do Bandcamp do grupo ou na aplicação da vossa escolha para audição de música.

Friday Oct 20, 2023
Cowboy Cantor 328: Noble Dust
Friday Oct 20, 2023
Friday Oct 20, 2023
1. Noble Dust - A Picture for a Frame
2. Noble Dust - In Fields
Um trompete, um trombone, um violoncelo, uma guitarra eléctrica, um piano, uma bateria, vozes e canções inspiradas em cartas de um soldado americano em missão no sul do Pacífico, durante a II Guerra Mundial: A Picture for a Frame, o segundo longa duração de Noble Dust. O soldado era o avô da vocalista do grupo.
Boston, cidade muitas vezes associada a alguns dos nomes mais importantes da música rock, é também uma cidade de onde são originários artistas tão peculiares como os Noble Dust. A voz de Emily Cunningham é o primeiro som que se ouve quando pomos a tocar o álbum A Picture For a Frame. Timidamente outros sons se vão ouvindo, incluíndo um trompete que é tão idílico quanto a voz de Emily.

Sem nunca serem canções efusivas, são canções com uma dinâmica e um sentido muito próprios. As letras, muitas vezes complexas, densas, não deixam grande margem para melodias muito elaboradas, pelo que a voz torna-se no elemento guia do resto do grupo. E, apesar de se notar uma grande convergência para a melodia vocal, o facto é que todos os instrumentos têm o seu espaço, se fazem ouvir, mas mais do que isso, fazem sentido nestas canções.
São canções que agradam quem vai ouvir intencionalmente os Noble Dust, ou então é um ouvinte casual.

